Pelo terceiro ano consecutivo aconteceu no Brasil a Black Friday, um dia de vendas especial onde as lojas prometem produtos com descontos variados. Tudo maravilhoso se realmente na prática funcionasse assim.
A Black Friday, ou Sexta-Feira Negra tem origem nos Estados Unidos e ocorre todos os anos na sexta-feira após o importante feriado de Ações de Graças. Lá, filas se formam nas portas das lojas durante a madrugada que antecede o evento e vários produtos são vendidos com descontos que chegam até a 70%. Roupas, calçados, eletrodomésticos e principalmente os eletrônicos somem rapidamente das vitrines e fazem a alegria dos consumidores. Tudo isso lá, nos Estados Unidos.
Aqui no Brasil, como todo boa ideia importada, na maioria das vezes acaba distorcida, a Black Friday não foi diferente. Preços “maquiados”, erros e quedas nos sites, sistemas fora do ar e estoques limitados testaram a paciência dos consumidores brasileiros, o que gerou várias reclamações nas redes sociais. O Procon, entidade que cuida dos direitos do consumidor, notificou várias empresas por suspeita de maquiagem nos preços. É aquela famosa técnica de colocar um produto que normalmente é vendido por R$ 1.200,00, anunciado durante a Black Friday como: De R$ 1.999,00 por R$ 1.200,00. Ou seja, o mesmo preço de antes. Aqui, sempre vale a mesma regra: Pesquise antes de comprar!
Uma frase de autoria desconhecida, porém ainda assim genial, circulou na internet ao final do dia: “Black Friday Brasil – Tudo pela metade do dobro”.
Apoiados por um empresa de descontos, grandes magazines, pequenas lojas e até um montadora de veículos participaram com promoções. Mas pelo menos na internet, ficou evidente que estas empresas ainda não estão preparadas para atender a voracidade dos consumidores brasileiros famintos por descontos. Vários sites sofreram quedas e instabilidades devido o grande número de acessos. Produtos com descontos voltavam aos preços normais no carrinho de compras ou no fechamento do pedido, entre outras atrocidades que ainda acontecem nos sites das redes varejistas brasileiras. Como diria o jornalista Boris Casoy: “Uma vergonha!”
Pra quem tem fé (sempre ela), resta acreditar que nos próximos anos a Black Friday brasileira seja melhor organizada, seguindo as linhas da versão original americana. Então se você tem fé e acredita nisto, diga amém! Amém?