Trabalho no Exterior: Elaboração de Currículo (Parte 1)
Olá pessoal, resolvi escrever um pouquinho sobre a minha experiência (não tão vasta, porém, válida) sobre trabalho em TI no exterior. Surgiu o interesse de falar sobre isso principalmente porque, na aula de business english de hoje, todos (independente da nacionalidade) estavam muito interessados no tópico “Currículo para inglês ver…”.
Acredito que a maioria, independente da área de atuação, gostaria de pelo menos ter uma experiência internacional trabalhando no que realmente estudaram ou tem de experiência como profissão. Vejo que as maiorias das nacionalidades acabam em restaurantes, cuidando de crianças, em lojas de departamento e se a profissão deles realmente não é essa, geralmente vivem sonhando com a possibilidade ter um plano de carreira no que realmente são apaixonados por fazer. Portanto, uma primeira etapa seria a elaboração de um currículo mais adequado à realidade no exterior, e é por esse tópico que vou basear esse artigo.
Para a área de TI, tenho percebido que o mercado está relativamente aberto à oferta de vistos de trabalho, digo isso porque tenho 4 amigos que conseguiram um sponsor e estão trabalhando (ou já trabalharam) em outros países, além de muitos outros que, como eu, tiveram a sua experiência internacional devido ao crescente número de empresas confiando em projetos offshore para o Brasil.
Muitas das partes do currículo internacional são comuns e escritas da mesma forma ao que vemos muito no Brasil, como: Dados pessoais (Em qualquer lugar do mundo é bom saber o seu nome, endereço, contatos…), Educação, Principais Conhecimentos e Interesses (hobbies, possibilidade de viagens…), porém, algumas outras seções requerem mais atenção.
Seção “Objetivo”: Para o currículo internacional, você escreverá somente um parágrafo não tão extenso assim como é no Brasil explicando quem você é e o que você quer, porém, é recomendado ficar atento à linguagem utilizada, por exemplo: Como você chamaria essa seção?, aposto que você respondeu “Target” ou “Objective”, porém, o mais adequado seria “Aim” ou “Profile”, tendemos a utilizar a tradução quase direta pra tudo e muitas vezes funciona, mas em outras não, sempre é bom consultar um professor de inglês experiente no ambiente de negócios.
Seção “Experiência Profissional”: Apesar de não ter muita experiência internacional, eu realizei a adequação do meu currículo para inglês por 4 vezes na minha carreira – para dois projetos cujos escritórios de TI eram nos Estados Unidos, para alguns projetos de clientes na Nova Zelândia e para um projeto aqui na Inglaterra, e surpresa foi a minha quando percebi que meu currículo utilizado nos 6 primeiros anos da minha carreira estava muito incompleto, principalmente na seção de descrição da minha experiência. Somente para enviar o meu currículo a esses clientes, eu tive que relembrar a minha carreira em mínimos detalhes, precisei descrever todos os projetos nos quais trabalhei, tecnologias envolvidas e respectivas conquistas – para cada um! Mas atenção, se você não é da área de TI e está lendo esse artigo, você deve imaginar que isso não se aplica 100% à sua área, o meu professor de inglês era entrevistador e para muitas áreas o currículo não precisa ser tão detalhado.
Este é o primeiro overview que eu gostaria de passar, para a segunda parte deste artigo, citarei as demais seções do currículo. Espero que estas dicas possam te ajudar a promover um bom currículo internacionalmente.
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Excelente informações, tenho certeza que ira ajudar muitas pessoas.
Sucesso!